Na porta da cozinha, a mulher grávida de oito meses, olhava o tempo e procurava jeito de começar uma prosa com o marido, que descansava num tamborete:
- Ô bem...cê cridita im Deus?
- Ora si criditu....craro!
- Intão, si é da vontade de Deus, nesse crima seco da peste e Ele queresse fazê chuvê dirrepente, chuvia?
- Uai, muié, si é da vontade de Deus, chuvia na mesma hora.... Si é da vontade de Deus até o dia podi vira noiti num minutim!
- Si é da vontade de Deus, e seno nóis dois branquelo desse jeito, nosso fio pudia nascê pretim....quasi azulzim?
- Arre égua muié... Si sesse da vontade de Deus Nosso Sinhô que nosso fio nascesse pretim, nascia... Agora... qui ocê ia tomá uma surra de ficá roxa, sem dente, virá os zóio e arriá molinha no chão....ia....aaaaah si ia!
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