Dizem que quem avisa, amigo é. Será mesmo? Vamos fazer um exercício hipotético...
Em um país distante, há uma empresa que está lutando para sobreviver, o pessoal está desmotivado e sem pique (em parte por que a empresa vive mudando de diretoria, tipo time de futebol que não vence, não investe no elenco e troca de técnico toda hora, manja?). Agora imaginemos que o Superintendente desta empresa, doravante chamado apenas de Super (que é como este tipo de pessoa se sente), diz a um funcionário que ele, o gerente da área em que este funcionário trabalha, suponhamos área Comercial, e o gerente de outra área, suponhamos Marketing, têm 60 dias para mudar o quadro de apatia conjugada a baixo faturamento e arremessa o seguinte petardo verbal: "Vai lá e avisa aqueles dois que eles e você têm 60 dias pra mudar esta empresa. Ou as pessoas mudam, ou nós mudamos as pessoas!" Para completar este lindo exemplo de gerência-positivista (para ser um cavalheiro...), o Super dá uma porrada na mesa... Berra a plenos pulmões um recado para os gerentes, aterroriza o funcionário e completa a dramaticidade da cena de ópera com um murro na mesa. Típico. Cena totalmente Super...
O apavorado funcionário, com cada bago de olho do tamanho de um caquí, procura os gerentes e relata o ocorrido. Os três fazem uma reunião, traçam metas, estabelecem estratégias, pensam em saídas viáveis, definem prazos, realizam orçamentos, lay outs, defesa escrita e procuram o Super para submeter suas idéias de ameba ao crivo do elevado e iluminado ser, pura luz e inspiração para os protozoários, ou melhor, funcionários...
Resultado? "Craro" que você, amigo leitor, já sabe: não há verba para implementar as idéias apresentadas. As amebas que se virem. Tem que fazer a empresa ser lembrada pelos consumidores, os funcionários se sentirem motivados e felizes, a comunidade ter admiração pela marca da instituição, SEM verba... E o tempo corre... O prazo é o mesmo do dia da primeira erupção "motivacional".
Aí eu te pergunto novamente: quem avisa, amigo é?
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